A geração que cresce entre o autocuidado e a tecnologia

A Geração Alfa está redefinindo o consumo de bem-estar e abrindo novas oportunidades para marcas e varejistas de beleza.

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FigCaption Imagem: Acervo
Por Redação em 29/10/2025 Atualizado Atualizado: 29/10/2025 às 19:24
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A Geração Alfa, formada por crianças nascidas entre 2010 e 2025, está revolucionando o mercado de bem-estar e beleza ao integrar tecnologia e autocuidado em seu cotidiano. Esses nativos digitais, que já influenciam as decisões de compra da família, deverão contribuir com gastos que podem chegar a US$ 1,31 trilhão até 2030. Com uma busca por marcas transparentes e educativas, além de um cenário de puberdade antecipada, a indústria da beleza enfrenta o desafio de adaptar produtos e comunicação para atender a um público exigente e consciente. As marcas que se conectarem de forma responsável e autêntica com essa geração estarão melhor posicionadas para o futuro do consumo.
Resumo supervisionado por jornalista.

Nascidos entre 2010 e 2025, os integrantes da Geração Alfa são os primeiros verdadeiramente nativos digitais. Antes mesmo de aprenderem a escrever, já pedem tutoriais à Alexa, assistem vídeos sobre skincare no TikTok e opinam sobre o shampoo “com menos química” que a família deve usar. 

Crescem em meio a telas, algoritmos e influenciadores que falam sobre bem-estar com naturalidade, e isso molda uma geração que enxerga o autocuidado como parte do cotidiano, não como vaidade. Com isso, tornam-se consumidores precoces, exigentes e engajados, redefinindo o mercado de beleza e saúde desde cedo.

O poder econômico dos novos consumidores do bem-estar

De acordo com dados da WGSN, projeta-se que os gastos com bem-estar da Geração Alfa atinjam US$ 1,31 trilhão até 2030, o equivalente a 13% do total do mercado global. É um número que mostra o tamanho da oportunidade para marcas que entenderem as demandas desse público, que, embora jovem, já exerce influência direta nas decisões de compra da família.

Os Alfas buscam marcas transparentes, seguras e educativas, que promovam confiança e representatividade. Essa relação de proximidade é especialmente relevante para o setor da beleza e do varejo, que precisarão adaptar produtos, linguagem e canais para um público que valoriza a informação tanto quanto a estética.

Puberdade antecipada e novas conversas sobre cuidado

A WGSN também destaca um ponto de atenção importante: estudos mostram que a puberdade tem chegado mais cedo a cada década, especialmente entre meninas. A exposição constante a telas, o estresse e o estilo de vida acelerado são fatores que vêm impactando diretamente o desenvolvimento físico e emocional das crianças.

Diante desse cenário, cresce a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre o bem-estar infantil e pré-adolescente. Marcas e varejistas que atuarem de forma responsável, oferecendo produtos adequados, comunicação sensível e espaços de diálogo, poderão ocupar um papel educativo e de confiança, essencial para acompanhar esse grupo em seus novos estágios de vida.

O desafio e a oportunidade para a indústria da beleza

Conectar-se com a Geração Alfa significa pensar além das vendas. É sobre construir relações de longo prazo com consumidores que valorizam propósito e autenticidade. Para a indústria e o varejo da beleza, isso implica desenvolver linhas mais seguras, fórmulas suaves, narrativas educativas e experiências imersivas, tanto físicas quanto digitais.

Os players que compreenderem o impacto dessa geração desde cedo estarão melhor posicionados para o futuro do consumo de bem-estar. Afinal, quem conquistar a confiança dos Alfas agora, conquistará também os consumidores mais influentes das próximas décadas.