esmalterias levantam o astral das ucranianas

Em meio à guerra, esmalterias levantam o astral das ucranianas

O autocuidado de fazer as unhas tem funcionado como um resgate à normalidade e uma forma de ajudar a prevenir o colapso mental.

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Por Redação em 08/10/2024 Atualizado: 28/10/2024 às 17:16

Uma tocante reportagem publicada no jornal norte-americano The New York Times entrevistou ucranianas que têm utilizado as idas às esmalterias do país como artifício para lidar com o limite emocional em que vivem há mais de dois anos, tempo que dura a guerra entre Ucrânia e Rússia. Apesar de parecer uma preocupação trivial, o autocuidado é encarado por essas mulheres como um lembrete de como é uma vida normal e também como uma pequena forma de resistência. Uma atitude que vem sendo feita sob constantes quedas de energia e sirenes de ataques aéreos, que dificultam inclusive o trabalho das manicures.

O poder da beleza em meio ao caos

Ainda de acordo com o texto do jornal, a tentativa de adaptação à ‘nova vida’ tem feito as ucranianas optarem por uma beleza mais prática, porém, sem abrir mão dela completamente. Na prática, o que se vê são penteados pouco complexos, devido à inconstância da oferta de água quente e eletricidade, e o uso de calçados práticos, que favorecem uma movimentação rápida. Porém, eles não deixam de ser combinados com vestidos, muitos deles com brilho e tons vibrantes.

Um diretor-geral da L’Oréal na Ucrânia descreveu como tais rituais de beleza elevam a moram das pessoas, chamando-os de ‘efeito batom vermelho’. A expressão faz todo sentido quando se vê soldadas mostrando nas redes sociais a rotina de trançar os cabelos e pintar as unhas com um

design camuflado, bem como trabalhadoras das minas ostentando longas unhas vermelhas e outras tantas mulheres combinando esmaltes azul e amarelo, que são as cores da bandeira ucraniana, como símbolos patrióticos.