Marcas estão se preparando para possível proibição do TikTok nos EUA

Executivos de beleza, profissionais de marketing e agências já têm estratégias para responder se e quando a inoperância da rede entrar em vigor.

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Foto: Mart Production via Canva Pro
Por Shâmia Salem em 20/12/2024 Atualizado: 20/12/2024 às 08:00
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Juízes norte-americanos emitiram um ultimato à ByteDance, controladora do TikTok, exigindo a venda do aplicativo ou seu banimento até 19 de janeiro de 2025, citando preocupações com a segurança nacional. Com o TikTokShop está tornando o oitavo maior varejista dos EUA e com aproximadamente 170 milhões de usuários mensais, marcas de beleza e agências já se preparam para duas estratégias: uma utilizando o TikTok e outra sem. Profissionais do setor afirmam que, se o banimento ocorrer, os orçamentos serão realocados para plataformas como Meta e Google, enquanto pequenas marcas independentes podem ser as mais afetadas. Algumas empresas já estão mudando suas estratégias de conteúdo, focando em vídeos para o Instagram.
Resumo supervisionado por jornalista.

Justificando preocupação com a segurança nacional, juízes norte-americanos deram duas opções à ByteDance, controladora do TikTok: ou a rede social é vendida à uma empresa dos Estados Unidos ou o app será banido das lojas daquele país até 19 de janeiro de 2025. Apesar de muita coisa ainda pode acontecer até lá e também depois da batida do martelo, devido às leis que envolvem esse tipo de processo, marcas de beleza e agências já estão se preparando com duas estratégias, uma com o TikTok e outra sem.

Tamanha preocupação faz sentido, já que em 2023 o TikTokShop se tornou o oitavo maior varejista dos EUA, de acordo com a NielsenIQ. Além disso, existem cerca de 170 milhões de usuários mensais do TikTok nos EUA e, segundo a Mintel, pelo menos 40% dos adultos usam o aplicativo diariamente. Isso sobe para 65% para os que têm entre 18 e 34 anos.

Planos de ação

Pegando carona em uma reportagem da Glossy, que entrevistou executivos de beleza, profissionais de marketing e líderes de agências que atuam nos Estados Unidos para entender como eles pretender agir se e quando a decisão entrar em vigor, compilamos algumas das ideias apontadas a título de reflexão:

  • Alguns entrevistados disseram que se o TikTok ficar inoperante as marcas vão realocar seus orçamentos em outras plataformas, como a Meta, proprietária do Instagram e do Facebook, e o Google, detentor do YouTube. Faz sentido, já que uma pesquisa de maio de 2024 feita pela Fohr, plataforma de talentos e empresa de marketing focada em microinfluenciadores, mostrou que 7 em cada 10 criadores disseram que veem o Instagram como o melhor lugar para mover seu público se o banimento do TikTok ocorrer e 2 em cada 10 apostam as fichas no YouTube.
  • Há uma ideia comum de que a proibição prejudicará principalmente pequenas marcas independentes de beleza e criadores de conteúdo; e que grandes varejistas, como a Sephora e a Ulta, provavelmente não serão impactados.
  • Já há marcas tomando providências práticas em torno desse momento:  algumas que solicitavam às agências a produção de vídeos para o TikTok ou uma combinação de TikTok e Instagram começam a optar apenas por vídeos para o Instagram.

Ideias postas, agora é esperar para ver que rumo essa situação irá tomar e o impacto no mercado de beleza.