A beleza continua ditando o ritmo no consumo brasileiro. Em 2025, o setor de beleza e higiene pessoal mostra fôlego e relevância, mesmo diante de um cenário econômico desafiador. Segundo levantamento da Cosmetic Innovation com base na pesquisa IPC Maps 2025, as famílias brasileiras devem movimentar R$ 242,3 bilhões em produtos de cuidados pessoais até o fim do ano, um crescimento expressivo de 11,2% em relação a 2024.
Mais do que um dado econômico, o número traduz o peso cultural e social do autocuidado no país. Entre sabonetes e fragrâncias premium, o consumo reflete uma busca que vai além da estética: o desejo por bem-estar, identidade e experiência.
Consumo que reflete hábitos e prioridades

Os números impressionam, mas também revelam uma mudança de comportamento do público. O levantamento inclui desde itens básicos, como sabonete, desodorante e papel higiênico, até categorias premium de perfumaria, maquiagem, cremes e protetores solares.
Essa diversidade mostra que o consumidor brasileiro continua valorizando o autocuidado, e está disposto a investir em produtos que entreguem qualidade e experiência. A busca por bem-estar, identidade e autoestima transformou o que antes era rotina em um ritual indispensável.
Liderança paulista e avanço regional
São Paulo mantém a liderança do consumo nacional, com R$ 61,5 bilhões destinados a produtos de beleza e higiene, seguido por Minas Gerais (R$ 22,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 16,6 bilhões).
A Bahia, em quarto lugar, movimenta R$ 14,4 bilhões, destacando o avanço do mercado no Nordeste. A expansão é puxada tanto pela diversidade de marcas locais quanto pela presença crescente de grandes redes de varejo e franquias, que fortalecem o acesso a produtos e estimulam o consumo regionalizado.
Desafios e oportunidades no varejo de beleza

Apesar do avanço expressivo no consumo, o setor varejista cresce em ritmo mais moderado. O número de estabelecimentos ligados à beleza, cosméticos, artigos médicos e óticas passou de 308,8 mil para 312,4 mil, um aumento tímido de 1,2%.
Esse movimento reflete a redução no número de microempreendedores individuais (MEIs), dos quais 2,5% encerraram suas atividades. Ainda assim, o mercado mantém vitalidade, impulsionado por novos modelos de negócio, digitalização e estratégias de experiência que vêm aproximando marcas e consumidores.
Beleza como motor econômico
Mais do que um indicador de vaidade, o crescimento do setor de beleza e higiene reforça o papel estratégico dessa indústria no PIB nacional. Com presença em todos os lares e forte potencial de exportação, o mercado brasileiro continua atraindo investimentos e inovação. Em um país onde o cuidado pessoal é parte da cultura, a beleza segue sendo, acima de tudo, um espelho do desenvolvimento econômico e social.
