Produtos e tratamentos para peles negras

O interesse da Natura em produtos e tratamentos para peles negras

Para fazer lançamentos mais assertivos, inclusivos e eficientes, a empresa lança estudo inédito sobre os componentes biológicos existentes em tons de pele negra.

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Divulgação
Por Shâmia Salem em 21/01/2025 Atualizado: 22/01/2025 às 14:35

A Natura acaba de anunciar uma parceria com o Centro de Química Medicinal (CQMED) da Unicamp e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) para realizar uma pesquisa inédita sobre componentes biológicos existentes em tons de pele negra. A expectativa é que o estudo traga conhecimentos que permitam analisar e comparar múltiplas expressões e padrões genéticos e celulares presentes entre as diferentes colorações de pele, possibilitando a compreensão mais profunda de necessidades e comportamentos específicos de suas células, como níveis de produção de colágeno e de antioxidantes endógenos – o que pode acelerar ou retardar o envelhecimento da pele – e predisposições a dermatoses. Ou seja, uma ajuda e tanto na hora de desenvolver produtos e tratamentos mais assertivos, inclusivos e eficientes para uma ampla gama de tonalidades de peles brasileiras.

A atual realidade reforça a importância dessa pesquisa, conforme explica a gerente científica da Natura, Juliana Lago: “Apesar de mais da metade da população no Brasil se autodeclarar negra, ainda há uma grande lacuna em termos de estudos científicos mais aprofundados sobre as especificidades das peles pretas e pardas nas áreas cosmética e dermatológica. Esse estudo, portanto, será fundamental para mapearmos as necessidades de diversos tons de pele e, assim, desenvolver ingredientes e formulações mais adequados”.

Metodologia inovadora

A pesquisa da Natura se destaca pelo uso de uma tecnologia diferenciada e avançada, em que a base do estudo é o sequenciamento de RNA de células únicas. Isso permite a identificação de informações genéticas de forma mais apurada do que as técnicas normalmente utilizadas, em que não é possível isolar as células para avaliação, fornecendo somente a média de características genéticas presentes em um conjunto de células. “É importante entender o perfil de cada célula individualmente porque cada tipo celular apresenta características que são específicas”, esclarece o professor do Instituto de Biologia da Unicamp que trabalha nas técnicas de scRNA-seq do projeto, Marco Vinolo.

Vale destacar que todas as informações obtidas na pesquisa serão disponibilizadas no banco de dados global de células humanas, o Human Cell Atlas, um consórcio internacional que está mapeando todos os tipos de células do corpo humano para possibilitar avanços na medicina.