Profissionais de Beleza

Papo de barbeiro: turbine seu atendimento com a terapia capilar

Muito mais do que cortar o cabelo, você pode ajudar o cliente a achar soluções para problemas comuns e, de quebra, trazer fidelidade para seu negócio.

Terapia capilar
Por Redação em 24 de outubro de 2019

A oferta de barbearias é grande e você precisa se diferenciar no meio de tanta concorrência para atrair mais clientes. Uma dica é se especializar em terapia capilar e oferecer o serviço. “No geral, o homem tem se cuidado muito mais do que antigamente. Hoje ele busca tratamentos para queda de cabelo, crescimento da barba, entre outros. Está muito mais cuidadoso com si próprio e por isso cresceu o número de barbearias com área de estética interna”, comenta o terapeuta capilar Wagner Santos, presidente da HairDucation Professional Academy.

E o especialista tem razão. De acordo com uma pesquisa realizada em dezembro de 2018 pela consultoria Croma Solutions, 63% dos homens assumem que cuidam da beleza e do corpo. E o primeiro passo para se aperfeiçoar é fazer cursos na área. A Anhembi Morumbi (SP) e o Senac, oferecem os cursos de Especialização em Cosmetologia Estética e de Graduação em Estética e Cosmética, que abrangem a terapia capilar. “A tricologia traz uma amplitude de conhecimento não só para a barba, mas também de couro cabeludo. Já a Pogonologia, que é o estudo da barba, está começando a ser mais difundida agora”, avalia.

Na barbearia

A tricologia agrega muito no dia a dia do barbeiro, que pode ficar atento a alguns problemas que acometem os clientes. Queda de cabelo, afinamento dos fios e até caspa são alguns deles e cabe ao profissional alertar e orientar. “Antes de iniciar um processo de terapia capilar, o profissional deve se preparar com informações para entender os fatos que causam deficiências no couro cabeludo. Só assim está preparado para entender, consultar e diagnosticar cada caso e direcionar para o tratamento mais indicado”, comenta o especialista em terapia capilar Gustavo Colonno, curador do Congresso Internacional Barber Beauty Fair (inscreva-se aqui!), e artista Wella Professionals.

Sinais como vermelhidão, escamação e cabelos oleosos são um alerta de que algo não vai bem. “Identifique se é uma alergia ou uma irritação. Caso não tenha conhecimento, indique um terapeuta capilar ou um dermatologista”, orienta Wagner Santos. Vale lembrar que o barbeiro não deve intervir quando se tratar de uma alergia. “O melhor é correr para o hospital. Nestes casos, acontece uma reação imunológica que pode aparecer no corpo inteiro e inchar o rosto. O terapeuta capilar não pode fazer nada além de levar para o hospital”, completa.

Já as irritações ou dermatites podem ser tratadas na barbearia mesmo, usando ferramentas como laser e produtos com substâncias ativas capazes de resolver cada caso. O mesmo vale para afinamento do cabelo. “A Nioxin, por exemplo, é uma marca de tratamento e fortalecimento do couro cabeludo e do fio. A linha pode ajudar o cliente a combater o processo deixando a fibra mais saudável e hidratada”, diz Gustavo Colonno.

Evite complicações

Ao perceber que o cliente está com problemas no couro cabeludo ou de afinamento capilar, tente descobrir a causa. “Muitas vezes, (os problemas) estão ligados a alguns motivos, como estresse, má alimentação, uso de medicação ou até mesmo fator hereditário ou emocional. Não sabemos o que ele está passando, por isso o diagnóstico é muito importante. Fazendo perguntas simples podemos conhecer melhor e indicar o melhor tratamento para cada pessoa”, diz o curador do Congresso Internacional Barber.

Com o avanço da indústria cosmética, os produtos estão cada vez mais potentes e preparados para tratar e evitar irritações de pele. “Mas, mesmo assim, sempre indico para o profissional tomar cuidado com escovas ácidas ou não aplicar qualquer coisa no couro cabeludo sem ter proteção. Isso vale inclusive para barba, como alisamentos, pois a pele do rosto é mais sensível. Na verdade, o terapeuta capilar ou o barbeiro deve procurar produtos específicos, aprovados pela Anvisa e que tragam segurança na aplicação. O risco não compensa”, conclui Wagner Santos.