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Precificação: lucre com os serviços de beleza

Série de conteúdos te ajudará a determinar o valor de cada serviço e oferecer um bom custo x benefício para os clientes e, claro, aumentar seus rendimentos.

Precificação de serviços de beleza
Por Redação em 14 de setembro de 2020

Quando questionados sobre preços de serviços em seu salão de beleza, muitos empreendedores costumam responder que o fazem da maneira correta. Porém, na prática, muitos estão perdendo dinheiro ou até mesmo clientes por conta de erros na hora de precificar serviços. E isso pode significar um risco enorme para o negócio, pois quando as contas não batem, outros pontos da administração financeira começam a acusar problemas, como falta de recursos para a reposição de produtos, incapacidade de pagar a comissão de funcionários e assim por diante.

A precificação é um dos elementos mais importantes de um plano de gestão e umas das maiores dificuldades de gestores da área da beleza. Valores muito acima do mercado podem afastar clientes. Muito baixos, porém, deixam a empresa no vermelho.

Para determinar os valores dos serviços do salão de forma correta, gerando lucro e oferecendo um bom custo x benefício para os clientes, vários critérios devem ser levados em conta. Para ajudar você, seja proprietário de um espaço ou até mesmo colaborador, iremos disponibilizar uma série de conteúdos que irão te ajudar a calcular o melhor preço para os seus serviços.

Abordaremos público-alvo, concorrência, valor percebido ou valor agregado, gestão financeira, valores dos serviços versus estrutura, parceria, além de marketing e redes sociais. Fique de olho e não perca nenhum conteúdo! 

Conheça seu público-alvo

Um estudo de target é fundamental em qualquer empreendimento. Pesquisar sobre perfil dos clientes e reunir informações sobre os produtos que serão utilizados são os primeiros passos para entender em qual mercado você está inserido. O grande desafio é colocar um preço que o cliente possa – e esteja disposto – a pagar e fazer os ajustes necessários em sua tabela de preços.

“O mais importante é saber exatamente quem é seu público-alvo. O cabeleireiro ou investidor terá que conhecer a fundo seu perfil de consumidor: se ele é conservador, se é mais ousado, homem, mulher, criança, quais serviços ele irá vender à esses clientes e se o público é A, B, C, ou D. Não faz sentido fazer uma estratégia voltada ao público A e atender um público D, por exemplo. Toda a estrutura e relação de serviços deve ser definida através desta análise”, afirma Alejandro Valente, hairstylist, empresário e especialista na área de educação profissional.

Se o salão de beleza é de bairro, por exemplo, os valores devem ser menores, pois o foco são clientes de classe média ou até mais baixa. Já os salões maiores, em uma região mais nobre, que oferecem produtos de marcas renomadas e possuem clientes de classes A e B, podem se dar ao luxo de ter preços mais altos. “Trabalhamos com um público C/D, por isso nossos valores não podem ser elevados como o da região mais nobre, pois não é compatível com a realidade dos nossos clientes”, afirma Milton Moura, proprietário do Moura Cabeleireiros, localizado em Pirituba, na Zona Oeste de São Paulo.

Outro ponto importante a ser avaliado é em relação aos produtos que serão utilizados. Os salões que optam por utilização apenas de produtos importados, cujo valor de compra é elevado, também precisam estar conscientes ao precificar os serviços. Mas, independentemente de optar por produtos nacionais ou uma linha de importados você deve  levar em conta os custos para que os gastos fixos e variáveis não aumentem ainda mais o preço final.

E, seguindo a mesma linha de raciocínio, os salões que possuem lojas e trabalham com revenda de produtos home care também precisam definir quais marcas serão trabalhadas. “Estamos atentos a questão dos produtos, por isso buscamos cosméticos profissionais de qualidade e alta performance com um custo-benefício que se encaixe em nosso orçamento”, destaca Moura.