Começar um processo de internacionalização e exportação de marcas requer estudo e preparo. As normas e regras de comercialização em países estrangeiros podem assustar os empresários no início. Para orientar as empresas participantes do projeto Beauty Fair Export – Cosmoprof 2019, uma palestra de abertura foi oferecida, em parceria com a CNI (Confederação Nacional das Indústrias).
“Quem está começando o processo de exportação para a comunidade europeia se depara com uma série de controles, o que demandará muito trabalho e até a criação um departamento exclusivo para cuidar deste assunto”, sugere o especialista em exportação Dr. Matteo Zanotti Russo, CEO da Angel Consulting.
A regulamentação de cosméticos na Europa é regida pela lei 1223/2009, que já está traduzida para o português na internet. Para o especialista, o principal ponto desta lei é a questão da responsabilidade. “Todo produto que chega à comunidade europeia deve estar associado a uma empresa sediada na própria Europa e esta informação deve constar no produto”, esclarece.
Esta empresa, segundo o especialista, será responsável por verificar se o negócio no Brasil está em conformidade com todas as normas, segurança e rotulagem. Caso a fiscalização local encontre alguma irregularidade, a empresa importadora será bloqueada e o fabricante brasileiro terá de encontrar outro parceiro para continuar fazendo negócios com a comunidade.
Outro destaque importante da lei, apresentado pelo especialista, é a introdução de um glossário de definições. O que torna muito mais claro o conceito do que é cosmético, fabricante, pessoa responsável e distribuidor.
A segunda parte da palestra do especialista foi dedicada a falar sobre tendências em cosméticos que podem ser percebidas na Itália.
Resumidamente ele destacou três: inteligência artificial aplicada aos cosméticos; distribuição no canal farma e cosméticos anti-ageing naturais. “O crescente e alarmante casos de Fobia química, ou seja, uma preocupação desnecessária sobre o uso de alguns ingredientes usados em cosméticos, também é um comportamento a se observar e combater na indústria”, finaliza Russo.