A internet desafia diariamente a nossa noção de limites. Prova disso é um caso recente e assustadoramente ousado que teve como vítima o funcionário de uma multinacional chinesa de finanças: depois de participar de uma videoconferência com o alto escalão da companhia, ele fez uma transferência de 25 milhões de dólares, cerca de 124 milhões de reais. Era golpe!
Os cybercriminosos usaram a deepfake e a inteligência artificial para recriar toda a equipe da companhia que participou da reunião on-line, inclusive o CFO (chefe do setor financeiro). Ou seja, a única pessoa verdadeira, de carne e osso, era o trabalhador, que só descobriu que foi vítima da fraude quando verificou a transação com a sede da empresa.
Não é a primeira vez que isso acontece, e, provavelmente, não será a última. E, como toda empresa, empreendedor e profissional são alvos em potencial, NEGÓCIOS DE BELEZA pediu que Euclides Chuma, pesquisador do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer e membro sênior do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos), desse dicas práticas para reduzir as chances de cair nesse tipo de armadilha. Spoiler, a tarefa não é fácil; veja:
- preste atenção nos detalhes, como se o fundo da fundo da imagem está desfocado;
- acessórios, como anéis e relógios, óculos, lentes de contato e, também, as mãos são um problema para a inteligência artificial criar com perfeição;
- em contrapartida, se a imagem estiver muito perfeita, também desconfie.