NRF 2022

NRF 2022 e o futuro do varejo na visão dos especialistas.

A Beauty Fair pediu para que especialistas compartilhassem seus insights e traz agora um resumo para orientar as lideranças da beleza.

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Por Redação em 28/01/2022 Atualizado: 20/12/2023 às 12:28

Qual o futuro do varejo? Foi essa a pergunta que a NRF Big Show, maior evento de tecnologia e varejo do mundo, se debruçou em responder na última semana, na cidade de Nova York. A Beauty Fair, pelo sétimo ano, levou uma delegação com 80 profissionais, entre indústria e donos das maiores perfumarias do Brasil, para viver essa experiência.

O conteúdo foi rico, os exemplos ajudaram a consolidar e a troca entre os integrantes foram fundamentais para entenderem como podem potencializar suas operações de varejo. No entanto, a execução é delicada e requer priorização de demandas.

Por isso, a Beauty Fair pediu para que especialistas compartilhassem seus insights e traz agora um resumo para orientar as lideranças do mercado de beleza brasileiro. Confira! 

Por Cesar Tsukuda, Diretor Geral da Beauty Fair

Em 2022, as perfumarias devem ter muito claro quais são suas fortalezas e quais serão seus desafios para que tomem decisões assertivas.

Atendimento, portfólio de produtos, gerenciamento de categorias e potencial para abraçar novas categorias são pontos consolidados no canal especializado e devem ser trabalhados para manter sua excelência.

Já questões como operação de abastecimento, fluxo de caixa, gestão do PDV e omnicanalidade são assuntos que merecem atenção em curto prazo.

No radar para longo prazo, fique de olho em como ganhar capilaridade, como trabalhar o consumidor no metaverso e o conceito de store in store para construção de um ecossistema de vendas.

Por Bruna Fallani, Expert em Customer Experience e CRM na Shopper 2B

Voltamos de Nova York com a bagagem cheia de conhecimento e aprendizados. E foram muitos!

Se eu puder destacar alguns, eu diria que o foco no fullfilment será estratégico e ajudará numa melhor gestão da cadeia de abastecimento, a consolidação do e-commerce através de ações hiperpersonalizadas (me commerce) mas também de social selling.

O foco no consumidor se torna uma obsessão e entender que é ele quem tem o poder de escolha, fará com o que a busca pela melhor experiência seja contínua.

Atenção para a geração Z! Eles estão comprando e interagindo nas redes sociais, portanto, intensifique sua estratégia lá!

Por fim, pense na sua loja como um ecossistema e entenda quais necessidades pode atender do seu cliente e que serviços pode agregar oferecendo soluções!

Por Julio Takano, CEO Kawahari Takano Retailing e co-fundador do grupo Varejo180

Marcas que constroem ecossistemas serão líderes em seus segmentos com larga distância porque integram indústria, representantes e varejistas.

Mas o que é um ecossistema? Trata-se de um conceito aonde você consegue aglutinar e combinar marcas que nunca se relacionariam, teoricamente, com uma marca que é âncora varejista, devido a diferença de posicionamento estratégico.

A Ulta Beauty, por exemplo, é hoje considerada o maior ecossistema de vendas e soluções para a beleza nos Estados Unidos.

No momento em que esse varejista entende que o modelo de negócio pode estar ficando obsoleto, parte-se para um processo de reposicionamento de marca. No caso da Ulta, ao convidar a Chanel, uma marca de luxo, ampliou seu atendimento à uma nova classe de consumidores.

Na esteira deste movimento, colocaram sua marca própria, a Ulta Beauty Collection, próxima à Chanel, aumentando sua margem de contribuição.

Quando um ecossistema é construído, o benefício não é só do varejista. Marcas hoje estão procurando canais de distribuição e isso foi intensificado no pós pandemia.

Por Caio Camargo, escritor, colunista e palestrante. Especialista em varejo e consumo. Diretor Linx Retail

Eu acredito que estamos iniciando a era do Immersive Commerce, ou seja, a era do varejo de imersão. Uma era que na verdade não se refere apenas ao mundo dos games ou das plataformas de realidade virtual, mas sim, de todo o conceito de imersão proposta pela marca.

A boa notícia, diferente do que parece, é que a necessidade de um varejo mais “imersivo” também valorizará as lojas físicas e todos os demais canais propostos pela empresa.

Estamos falando de uma nova geração de consumidores, a já falada geração Alpha, que ao mesmo passo que os millenials e a geração Z já chegaram digitalizados ao mercado, essa nova geração irá demandar mais experiências e sinergia do que qualquer outra.

Veja por exemplo a revolução que está acontecendo no mundo dos videogames. Esse tipo de experiência irá demandar uma nova profundidade de relacionamento entre marcas e consumidores.

Se há alguns anos já se prega a unificação dos diversos canais de venda da empresa, seja pelo modelo omnicanal, ou digital, entre tantos outros termos, fica claro que os modelos menos interativos serão cada vez menos atrativos às novas gerações. Elas querem mais do que comprar: elas querem explorar, fazer parte, interagir com as marcas as quais se identificam.

Assista mais no vídeo abaixo com Cesar Tsukuda, diretor Beauty Fair, detalhando os aprendizados que absorveu da semana em Nova York:

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