Indústria

Marcas nativas digitais e a revolução do mercado da beleza

As marcas nativas digitais são destaque no mundo da beleza e podemos aprender com elas em áreas como marketing e relacionamento com os clientes. Veja mais!

mulher acessando a internet para ver as marcas nativas digitais
Por Gleicy Palheta em 1 de dezembro de 2022

Fortalecer a relação com o cliente é uma das grandes metas de qualquer marca e muitas delas estão encontrando formas interessantes de se posicionar no mercado. Sem dúvidas, a tecnologia surge como uma forte aliada nessa missão e as empresas têm se apropriado da oportunidade para desenvolver ações inovadoras. 

É nesse cenário que surgem as Marcas Verticais Nativas Digitais, também conhecidas como DNVB (Digitally Native Vertical Brand). O termo é dado às organizações que nasceram no meio digital, realizando suas transações e relacionando-se com clientes virtualmente. 

Embora não seja um conceito recente, as marcas nativas digitais ganharam destaque no período da pandemia. Nessa ocasião, as pessoas adquiriram novos hábitos de consumo, virtualizando suas relações, práticas e compras. O fato é que elas puderam experimentar um “boom” no mercado, principalmente com a geração Z e millennials. 

O termo foi mencionado pela primeira vez em 2016, por Andy Dunn, fundador da Bonobos – empresa de moda masculina norte-americana – em um artigo intitulado “O Livro do DNVB”. Nele, Dunn aponta que “seu principal meio de interação, transação e narrativa para os consumidores é via web. A marca vertical digitalmente nativa (DNVB), nasce na internet. Destina-se diretamente à geração millennial e aos nativos digitais”. 

Nesse sentido, segundo Andy Dunn, para ser uma marca nativa digital, a empresa precisa nascer na internet, essa também precisa ser seu principal meio de interação, mas não o único. Além disso, elas precisam ser verticais, ou seja, realizar todas as etapas da cadeia de produção, desde fornecimento de matérias, até a logística de entrega final.

Neste artigo, saiba mais sobre:

  • qual é o grande diferencial das marcas nativas digitais?;
  • experiências nacionais no mercado da beleza;
  • o que podemos aprender com as DNVBs?.

Qual é o grande diferencial das marcas nativas digitais?

A supervalorização da relação com o cliente é o principal diferencial dessas marcas. Elas não pretendem apenas garantir uma experiência boa ao consumidor, mas querem ir além: estabelecer uma relação íntima, de confiança e reciprocidade. Considerando esse fator, a internet é o meio ideal para se conquistar isso, por esse motivo, as companhias conseguem expandir seu alcance e conquistam seguidores cada vez mais fiéis. 

Para entender melhor como isso funciona, basta visualizar a internet como o lugar onde as pessoas têm acesso aos seus interesses mais legítimos. Na web, tudo é estritamente personalizado para garantir o consumo daquilo que os usuários verdadeiramente querem. Com esse estímulo individualizado, os consumidores conseguem se aproximar mais das marcas que se identificam e, assim, criar relações mais autênticas e fortes. 

A esse respeito, Anty Dunn afirma que “a marca vertical nativa digital gera muito mais intimidade com o cliente do que a concorrência. Os dados são melhores porque todas as transações e interações são capturadas. Você não precisa combinar dados entre empresas, porque é tudo uma empresa”. 

As marcas que já conseguiram entender essa grande chave e aproveitam essa oportunidade, certamente estão à frente no quesito relacionamento com o cliente. As nativas digitais sabem muito bem disso e consolidam essas práticas no seu dia a dia, afinal, essa é a forma como se expressam no mercado.

Experiências nacionais no mercado da beleza

O Brasil já disponibiliza, no mercado da beleza, grandes empresas que estão dando o nome quando se fala em DNVBs, como é o caso da Beyoung, Sallve, Lacre21 Cosméticos, Simbioze Amazônica, Forever Liss e Simple Organic. Todas elas têm em comum a apropriação do meio digital para fortalecimento da marca com o cliente, garantindo uma experiência única e cheia de personalidade. 

Recentemente, essas mesmas marcas concorreram ao Prêmio Atualidade Cosmética, na categoria “Empresa Nativa Digital”. A Beyoung foi a vencedora na ocasião.

O que podemos aprender com as DNVBs? 

Como você viu, as DNVBs se destacam no mercado por diversas características e, levando isso em consideração, o que nós podemos tirar como inspiração? Veja a seguir!

Relacionamento com o cliente

A verdade é que essas marcas estão transformando a forma como o mercado da beleza lida com seu público. A personalização do atendimento e narrativas sociais coloca esse modelo de negócio como o que mais se aproxima do consumidor. Ou seja, são empresas que não perdem tempo quando o assunto é se aproximar do seu cliente. 

O posicionamento dessas companhias é assertivo e marcante: conquistam seu público com muita personalidade e inovação. Nesses casos, existe muita clareza na linguagem e tom que usam para se comunicar, o que atrai consumidores cada vez mais fiéis. 

Os desafios existem e as DNVBs estão cientes disso. Controlar todas as etapas de produção, além de estar sempre em busca de novas estratégias para lidar com o público, não é uma tarefa tão simples. As tendências surgem a todo o momento e, para marcas que nasceram na web, estar atento a isso é fundamental. 

Apesar disso, esse modelo veio para ficar e continua atraindo novos investidores à medida que comprova que a experiência do consumidor é a oportunidade de ouro do mercado da beleza.

Sustentabilidade

As marcas nativas digitais costumam enfatizar a qualidade de seus produtos e práticas sustentáveis. Como elas são verticalmente integradas, têm maior controle sobre toda a cadeia de produção, desde o desenvolvimento até a distribuição. 

Isso permite que elas mantenham altos padrões de qualidade e adotem medidas para reduzir o impacto ambiental, atraindo consumidores que valorizam essas questões e chamando a atenção para aspectos importantes envolvendo o tema. 

Veja mais: Salāo de beleza sustentável: descubra o diferencial de mercado capaz de encantar clientes

Inovação

Outro fator que torna essas marcas conhecidas é a sua agilidade e capacidade de inovação. Por não estarem vinculadas a estruturas tradicionais de varejo, conseguem se adaptar rapidamente às tendências do mercado e às demandas dos consumidores. 

Saiba mais: Como inovar na indústria de cosméticos e ser uma marca de destaque?

Elas podem lançar novos produtos, campanhas e colaborações de forma ágil, criando um senso de urgência e exclusividade entre os clientes.

Alto poder de engajamento nas redes sociais

As DNVBs estão dominando as redes sociais com estratégias de marketing de conteúdos envolventes. Elas entendem que as mídias não são apenas plataformas para promover produtos, mas também para criar uma comunidade em torno de sua marca. 

Por meio de influenciadores, conteúdo autêntico e interação frequente, elas constroem uma base de fãs leais e entusiastas.
E por falar em novidades e publicidade avançada, principalmente para empresas de cosméticos, como é o caso das marcas digitais nativas citadas anteriormente, fique por dentro das novas tendências do marketing de cosméticos!