Indústria

6 tendências para a indústria de beleza até 2025

Indústria precisa se conectar às transformações da sociedade para se adaptar ao futuro

mulher negra sorrindo passando um cosmético
Por Redação em 16 de fevereiro de 2023

A WGSN mapeou 6 tendências para a indústria de beleza até 2025. A empresa que atua há mais de 20 anos no mercado de tendências de consumo, realizou pesquisa a partir de um panorama de transformações ambientais, políticas e tecnológicas pelas quais a sociedade está passando.

Compreender esse momento de transição é fundamental para se conectar com o presente, estar à frente das demandas do mercado e se manter sustentável no futuro. Veja as tendências analisadas pela curadoria.

Tendência 01: habilidades flexíveis

Para a WGSN, beleza não é um conceito fixo. Pelo contrário, ela está fortemente ligada ao contexto e é construída por aspectos culturais. É por conta dessas mudanças que, no período em que vivemos hoje, a beleza está diretamente relacionada aos cuidados com a saúde.

A tendência de habilidades flexíveis é exatamente sobre isso. De acordo com a WGSN, entramos na era da ‘beleza emocional’, que significa dizer que há uma correlação entre a saúde mental e o corpo, onde fatores emocionais interferem diretamente na pele e nos cabelos, por exemplo.

Nessa previsão, os produtos de beleza devem ser desenvolvidos para colaborar e melhorar esses problemas, com tecnologia de ponta. E as marcas já estão de olho nessa movimentação. É o caso da Tatcha, marca japonesa que criou produtos com fórmulas relaxantes em sua composição, e da Faace, que desenvolveu um hidratante que reduz os efeitos de estresse na pele em até duas horas.

Tendência 02: realidades sobrepostas

A criatividade é um recurso humano ilimitado que, aliado à tecnologia, se torna ainda mais potente e capaz de gerar mudanças. Por isso mesmo, está entre as principais tendências para a indústria de beleza.

O tema de realidades sobrepostas mostra que, quanto mais esses dois aspectos se relacionam, mais os segmentos de mercado se diversificam e se capilarizam. Dessa forma, novos públicos surgem e, com eles, novas necessidades e desejos de consumo também. 

Não por menos, estaremos cada vez mais diante de um mercado de beleza nichado, que busca em soluções criativas e inovadoras uma forma de atender consumidores com demandas latentes e específicas.

É o caso, por exemplo, de pessoas trans que, após passarem por processos hormonais que modificam seus corpos, podem necessitar de produtos de beleza que atendam às suas transformações.

Portanto, essa tendência para a indústria de beleza aponta para um desafio e um dever de se atentar aos diversos nichos, desejos e necessidades de consumo de seus públicos. Buscar entender sobre diversidade, questões de gênero, raça e etnia é fundamental para sobreviver já no curto prazo.

Tendência 03: recursos repensados

O cuidado com o meio ambiente já deixou de ser uma das tendências para a indústria de beleza há muito tempo e passou a ser palavra de ordem na fabricação têxtil, de alimentos, da beleza, entre outros.

Desenvolver produtos aliados a práticas que colaborem para a redução do aquecimento global e do desperdício de resíduos são práticas que devem ser incorporadas à cadeia de produção, desde a coleta da matéria-prima na natureza até a entrega final.

O desenvolvimento de produtos naturais, orgânicos e/ou veganos não devem ser vistos como uma moda passageira e, sim, como uma atitude de uma indústria em prol da sustentabilidade ambiental e social. Por isso, é preciso ir além das embalagens em refil ou produtos recicláveis e pensar em insumos que gastem menos recursos, durem mais e gerem menos desperdícios. 

Tendência 04: otimismo urgente

Repensar o uso de recursos naturais e incorporar algumas transformações ambientais em seus processos é necessário, mas não são iniciativas suficientes para a indústria da beleza se dizer “sustentável”.

Práticas assim podem ser vistas como greenwashing, que consiste em fazer algumas adaptações para a sustentabilidade, mas sem repensar o negócio como um todo, de modo a causar impactos sociais, econômicos e ambientais potencialmente nocivos.

Dessa forma, a tendência de otimismo urgente vem para agregar à tendência anterior uma visão ativista, onde somente fazer as adaptações não bastam. É preciso ir além, lutar em prol de causas sociais e ambientais que influenciem as pessoas e gerem transformações significativas.

Tendência 05: modo preservação

Mesmo que se repense o uso de matérias-primas e que a luta pelas causas em prol dessas mudanças sejam necessárias, ainda assim é preciso pensar que os recursos são esgotáveis. Por isso, o modo preservação está entre as principais tendências para a indústria de beleza até 2025.

O modo preservação, portanto, é uma tendência que aponta para a necessidade de buscar novas soluções aliadas ao uso da tecnologia, já que os recursos para a produção de bens de consumo são finitos.
É o caso de se pensar em inteligência artificial aplicada a cosméticos, tecnologias de ponta para produtos com tratamento anti-idade e produtos híbridos que podem ser usados para mais de um fim.

Tendência 06: imaginação estratégica

Já deu pra notar que todas as tendências para a indústria de beleza estão ligadas, de alguma forma, a temas essenciais como tecnologia, sustentabilidade e criatividade. Na imaginação estratégica, a WGSN volta-se novamente à essa última como um fator competitivo e estratégico.

Se as marcas devem repensar o uso de recursos e aliar tecnologia a seus processos para se tornarem mais responsáveis social e ambientalmente, elas também devem utilizar a criatividade como um recurso para comunicar isso de forma diferenciada no mercado. Assim, atrairão um público mais atento e fiel.

Com essas tendências para a indústria de beleza, fica evidente que o próximo passo envolve investir  em conhecimento, pesquisas e adaptações sustentáveis. Nesse cenário, as marcas estarão mais conectadas com as necessidades do momento. Buscar esse entendimento é essencial para a sobrevivência no futuro que, na verdade, já está muito próximo.