No cenário global de produtos de beleza, o Brasil emerge como líder no ranking de exportações, consolidando-se como um influente polo de procedimentos estéticos. A notícia foi compartilhada pelo Valor Econômico mostrando que, segundo o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), o comércio internacional de itens brasileiros vem se expandindo no decorrer dos anos, exibindo a potência do país em relação a qualidade e procedência dos artigos produzidos nacionalmente, e o quanto o setor é relevante para a economia.
Além disso, esse aumento exponencial reforça a presença internacional do Brasil na indústria da beleza e, simultaneamente, cria um ambiente propício para o desenvolvimento de empresas voltadas para a estética e bem-estar.
Confira neste artigo o crescimento nacional no setor de produtos de beleza dos últimos três anos e entenda as razões da expansão contínua dessa indústria no país, destacando sua qualidade de produção e impacto econômico.
Crescimento de produtos de beleza tem reconhecimento global
Conforme os dados do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) sugerem, o Brasil se destaca por alcançar seu terceiro ano consecutivo de crescimento no mercado global de produtos de beleza. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) revelou que, entre janeiro e setembro do último ano, a categoria registrou um notável aumento de aproximadamente 13,5%, em comparação com o mesmo período no ano anterior.
Nesse intervalo, a receita alcançou a marca de US$ 128 milhões, com um alcance impressionante de 117 países. Dentre os destinos mais significativos nas Américas, destacaram-se Argentina (US$ 47,39 milhões), Estados Unidos (US$ 16,84 milhões) e Colômbia (US$ 9 milhões).
Expansão do setor de estética: Franquias em destaque
A relevância do setor de estética se acentua ainda mais quando considera-se as informações fornecidas pela Associação Brasileira de Franquias (ABF). Redes de estética lideram o ranking de crescimento do mercado brasileiro pelo terceiro ano consecutivo, um sucesso que também ecoa em outros países.
As franquias que atuam nas áreas de Saúde, Beleza e Bem-estar apresentaram um faturamento expressivo, aproximando-se da marca de R$ 34,2 bilhões. Esses números posicionam o Brasil como o principal mercado de estética e beleza na América Latina, e o quarto no mundo, estando atrás apenas dos gigantes Estados Unidos, China e Japão.
Impacto da pandemia e sucesso internacional
Em meio às turbulências causadas pela pandemia, os produtos de beleza brasileiros do setor HPPC se destacam no mercado internacional por diversas razões, como produção sustentável e a associação do branding com a rica fauna e flora do Brasil, notadamente da Amazônia.
A Dra. Patrícia Leite Nogueira, renomada cirurgiã plástica, ressalta a resiliência do mercado brasileiro ao observar que, mesmo em tempos de crise, o setor apresentou uma diminuição mínima. Ela explica que, enquanto outros campos sofreram declínios significativos, o mercado de beleza permaneceu ativo, permitindo até mesmo que indivíduos com maior poder aquisitivo concretizassem seus sonhos de consumo.
Perspectivas de crescimento promissoras para 2023
Olhando adiante, o turismo estético emerge como um vetor de crescimento relevante. O Ministério do Turismo sinaliza para a possibilidade de formalizar essa prática através de legislação que atrairia investimentos estrangeiros, potencialmente injetando até R$ 15 bilhões na economia.
Além disso, a entrada expressiva de novos produtos de beleza e insumos no mercado brasileiro, especialmente provenientes da Ásia, impulsiona ainda mais o crescimento do setor. O Brasil não apenas se destaca na América Latina, mas também se firma como um polo global de estética, beleza e procedimentos.
Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil realiza anualmente cerca de 1,5 milhões de cirurgias plásticas, das quais 57% têm fins estéticos e 43% reparadores. Destaca-se que cerca de 7% dessas cirurgias são realizadas em pacientes estrangeiros. As perspectivas para o futuro são igualmente otimistas, prevendo um crescimento de 35% nos próximos cinco anos.
Mercado global e atração de pacientes internacionais
Globalmente, o mercado de intervenções estéticas é avaliado entre US$ 65 bilhões e US$ 87,5 bilhões, segundo uma publicação da Patients Beyond Borders. O Brasil desempenha um papel central nesse panorama, com aproximadamente 24 milhões de pacientes que gastam, em média, US$ 3,4 mil por visita, englobando custos médicos, serviços locais, transporte, acomodação e tratamentos estéticos.
Esses valores, geralmente entre 20% e 30% inferiores aos praticados em nações como os Estados Unidos, contribuem para consolidar o Brasil como um destino atrativo no cenário global da beleza.
O Brasil não apenas lidera o ranking de exportações de produtos de beleza, mas também molda o cenário internacional de procedimentos estéticos. Sua trajetória de crescimento consistente, associada à qualidade de sua produção e estratégias de branding inovadoras, solidifica sua posição no mercado global de beleza.
Em um contexto pós-pandêmico, o setor de beleza e estética se destaca como uma força resiliente, atraindo investimentos, pacientes internacionais e contribuindo substancialmente para a economia brasileira.